Imaginem que seus órgãos abdominais (fígado, intestino, estômago) estejam todos dentro e um grande saco, chamado cavidade peritoneal. Caso exista um defeito nesse saco, e a pressão dentro dele estiver grande (nos esforços físico, tosse, esforços urinários), esses órgãos tendem a sair por esse furo (hérnia), que nada mais é que um ponto de fraqueza da nossa parede abdominal que pode acarretar uma serie de complicações.

As complicações acontecem quando os órgãos saem pela hérnia e não conseguem mais retornar a cavidade abdominal. Com isso, caracteriza-se uma hérnia encarcerada, que tende a evoluir para hérnia estrangulada se não for realizado o tratamento cirúrgico.

A hérnia estrangulada se da quando temos um sofrimento do órgão que saiu pela hérnia. Necessitando muitas vezes de incisões maiores e tempo cirúrgico mais alargado. Com isso temos o aumento expressivo da morbimortalidade do paciente. Exatamente isso que temos que evitar!

Em função disso, devemos operar as hérnias preventivamente. Para evitar as complicações e não apenas pela estética (abaulamentos embaixo da pele). Tudo depende do tipo de hérnia e sintomas associados, pois também existem as hérnias que não necessitam de reparo cirúrgico.

As hérnias que tem indicações cirúrgicas devem ser fechadas por meio de pontos cirúrgicos ou com o uso de telas. A cirurgia pode ser por videolaparoscopia (técnica minimamente invasiva) ou convencional (aberta). Dependendo da experiência do seu cirurgião e do tipo de hérnia em questão.